O Realismo foi um movimento artístico e literário que surgiu nas últimas décadas do século XIX na França. Este movimento cultural, que se opõe ao Romantismo e que foi influenciado pelo Positivismo, tem inúmeras características tais como a veracidade pois despreza a imaginação romântica, a contemporaneidade porque descreve a realidade, faz um retrato fiel das personagens pois mostra carácter e os aspectos negativos da natureza humana, tem um gosto pelos detalhes, possui um materialismo do amor com a mulher como objecto de prazer, faz a denúncia das injustiças sociais pois mostra para todos a realidade dos factos e tem uma ligação próxima à realidade pois é uma realidade simples, natural, clara e equilibrada.
Este movimento surgiu em duas vertentes: a literatura e nas artes. Nas artes surge na pintura, na escultura, na arquitectura e no teatro.
Na pintura destacam-se nomes como Édouard Manet, Gustave Courbet, Honoré Daumier, Jean-Baptiste Camille Corot, Jean-François Millet e Théodore Rousseau.
Na escultura com o grande representante foi Auguste Rodin. As principais obras foram Balzac, Os Burgueses de Calais, O Beijo e O Pensador.
Na arquitectura com os arquitectos e engenheiros a procurarem responder adequadamente às novas necessidades urbanas, criadas pela industrialização. As cidades não exigiam palácios e templos. Elas precisavam de fábricas, estações ferroviárias, armazéns, lojas, bibliotecas, escolas, hospitais e moradias, tanto para os operários quanto para a nova burguesia. Em 1889,Gustave Eiffel levanta, em Paris, a Torre Eiffel, expoente máximo da arquitectura realista.
Por último no teatro com os problemas do quotidiano a ocuparem os palcos. O herói romântico é substituído por personagens do dia-a-dia e a linguagem torna-se “terra-a-terra”. O primeiro grande dramaturgo realista é o francês Alexandre Dumas Filho (1824-1895), autor da primeira peça realista, A Dama das Camélias (1852).
Além deste, um dos outros expoentes é o norueguês Henrik Ibsen (1828-1906). Também o dramaturgo e escritor russo Gorki (1868-1936) e o alemão Gerhart Hauptmann (1862-1946).
O Realismo Literário tem como característica o seu poder de crítica, adoptando uma objectividade que faltou ao romantismo e centrando-se no retrato objectivo da realidade social
Em lugar do egocentrismo romântico, verifica-se um enorme interesse de descrever, analisar e até em criticar a realidade. Os realistas procuram apontar falhas talvez como modo de estimular a mudança das instituições e dos comportamentos humanos. Na Europa, o realismo teve início com a publicação do romance realista Madame Bovary (1857) de Gustave Flaubert. Alguns expoentes do realismo europeu foram Gustave Flaubert, Honoré de Balzac, Eça de Queirós, Charles Dickens.
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